23 agosto 2009

O Monstro do Medo

Mães tem mesmo que ser muito criativas e multifacetadas. Hoje experimentei mais uma vez minha porção psicóloga, e usei técnicas de psicodrama (!) para ajudar minha filha a sair de casa.

Basta estar um pouco mais insegura ou com medo, e ela sente vontade de fazer xixi a cada cinco minutos. Isso às vezes interrompe viagens de carro, sessões de cinema, passeios no parque, etc. Normalmente acontece quando eu não estou junto.

Hoje, antes de sair com a avó pra passear na pracinha, ela já pediu a "homeopatia do pipi", antecipando o medo. Tentei lembrá-la de que é só imaginação, que não tem xixi de verdade (ela sabe disso), que ela não deve deixar o medo tomar conta, mas nada estava adiantando, e ela acabou dizendo que não iria mais passear com a avó.

Ai, meu Deus! O que eu faço?

Não sei se por criatividade ou sopro do meu anjo da guarda (ou do dela), resolvi dar um corpo físico pro medo. Peguei o único bichinho de pelúcia ao alcance (perdido no meu quarto) e disse a ela pra fingir que aquele era o medo. Pobre tamanduá indefeso :)

- Finge que esse é o medo. Manda ele embora. Fala: sai medo, vai embora!

Ela repetiu, rindo, sem muita convicção, mas depois completou: - Mas esse não é o medo, é só um bichinho de pelúcia.

Ai, não funcionou! E agora? Numa fração de segundos, pensei que o Medo tinha que ser representado por algo mais convincente, mais ameaçador...

Nada em volta que pudesse servir. Nada mais assustador do que... EU.

Pus minha ultra mega rápida fantasia de monstro (o cabelo todo puxado pra frente cobrindo a cara inteira) e incorporei o medo.

dan dan dan dan (musiquinha do filme Tubarão)

Eu sou o medo! Eu vou te pegar! Não vou te deixar fazer nada! Eu mando em você!
E com voz mais fina: vai, meu amor, manda ele sair daqui, diz: você não manda em mim, vai embora! sai!

Dessa vez ela conseguiu! E quando o monstro do medo estava caído no chão, vencido, a voz da mãe disse a ela:
- Vai rápido com a vovó, vai! Antes que o monstro queira te pegar de novo.

Que felicidade ouvir os passinhos dela descendo as escadas correndo, e dizendo, leve e animada: me espera, vovó, eu já estou na porta!

...

E que coragem, admitir que às vezes a mãe pode ser a sombra mais assustadora na vida de uma filha!
Dizem que o papel tradicional da mãe é acolher, proteger, e o papel do pai é estimular, empurrar para o mundo. Mas as pães tem que fazer os dois.


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Alegria e Triunfo

Até algum tempo atrás, meu discurso e minha visão eram:
Não tem sido fácil criar três filhos sozinha. Estou há dois anos sem babá. A ajuda financeira insignificante que recebo do ex-marido não dá pra nada. Tenho que trabalhar muito pra conseguir sustentar os três sozinha, e muitas vezes não consigo dar conta dos compromissos profissionais porque alguma das crianças (ou as três!) está doente e não pode ir à escola.

Poderia seguir adiante, relatando todas as dificuldades que tenho encontrado nesses últimos anos. Mas prefiro falar da mudança...

Estou sempre buscando me aperfeiçoar, mudar aquilo que acho deficiente em mim, estar consciente dos bloqueios e reações automáticas que tantas vezes levam minha vida para uma direção oposta à que eu desejo. E nessa busca tenho feito terapia reichiana, retirada de arquétipos, mapa astral, apometria quântica, tratamento espiritual... E tenho lido muitos livros, que sempre me inspiram muito.

Um pequeno livrinho (pequeno só no tamanho), em especial, motivou esta mensagem, e me inspirou o desejo de compartilhar a felicidade dessa descoberta. Chama-se "Alegria e Triunfo", e foi escrito em 1956!

Desde que o conheci, há quase um ano, virou a minha bíblia da auto-ajuda. Já dei de presente ou recomendei para várias pessoas, e todas ficam encantadas com a simplicidade e a clareza do livro.

Da próxima vez que passar por uma livraria, arrisque, entre e dê uma olhada no livrinho de capa vermelha. E depois me conte o que achou.