por Alexandre Machado em 07/Ago/1983
Noite fechada Clarão de lua Ventos-pessoas Varrendo a rua |
Alegria, Gravei teu nome no meu coração. Nem o tempo Vai apagar teu nome da canção. Ah, que lindo! Foi como a brisa carinhando o mar. Muito obrigado, Aline, Por teres sido meu par! Muito obrigado, Aline, Por seres o meu par! |
A gente pula A gente dança A gente corre Feito criança |
A alegria É uma lembrança que se guarda bem. A saudade É a esperança de rever alguém. A tristeza Não pode haver num coração que amou. Aline é um anjo que caiu do céu E foi pousando no meu coração. Aline é um anjo que caiu do céu E foi ficando no meu coração. |
Manhã deserta Ao despertar Sorriso aberto Vindo do mar |
Essa é uma música muito especial para mim. Foi um presente de aniversário involuntário, que recebi há quase 27 anos. E só há poucos dias pude conhecer a história completa existente por trás dela. Se você quiser conhecer essa história também, visite o blog do autor, Alexandre Machado, aqui: http://aletextos.blogspot.com/2010/04/historico-de-par.html.
A música fala sobre uma festa junina e um par totalmente improvável. E já que recebi essa homenagem tão linda, feita como agradecimento a nem sei bem o quê, quero fazer também meu agradecimento e minha homenagem a quem, sem nem saber, me deu tanta felicidade.
Imagina, uma menininha de 10 anos, que se sentia insignificante, invisível [já falei no post anterior sobre como só a dança me salvava. E agora percebo que, não por coincidência, foi através de uma dança que sensibilizei o coração do meu par. Vejam só, a dança salvou dois de uma só vez...] Retomando de onde parei, imagina essa menininha de repente, no seu aniversário de 11 anos, receber de presente uma poesia; não, mais que uma poesia, uma música! O maior presente talvez não tenha sido a música em si, mas o fato de ser notada, de ser significativa a ponto de inspirar algo tão bonito. E ainda por cima, por um rapaz de 17 ou 18 anos!
Guardei o papel de caderno com a letra escrita, naquela caixinha com as boas memórias de infância e adolescência. Mas, estando há alguns anos com boa parte das minhas coisas encaixotadas, esperando o dia de ter minha própria casa outra vez, não sei mais onde estão guardadas essas memórias. De vez em quando tentava lembrar da letra, com saudade, mas não conseguia.
Quando lancei meu novo portal para assuntos de trabalho, tive a feliz surpresa de receber o cadastro do Alexandre. Como é que ele foi parar no meu site? Ainda não sei.
E ele, que nem sabia se o presente me tinha sido entregue há 27 anos, colocou a letra e a história no blog dele. Mas não me avisou. Ainda bem que eu fui lá fuçar e sem querer encontrei! Acho que alguma parte dele ainda se enganava como a minha menininha, se julgando insignificante. E assim, novamente sem saber, me deu o mesmo presente pela segunda vez!
Obrigada, Woody!
Fotos: praia de Piratininga, Niterói, RJ, por Aline Mendes