Quem me conhece sabe que me orgulho de que meus filhos sejam meio ETs, como eu. Outro dia meu filho me deu uma aula de como a casa do vizinho, de telhado pontiagudo, era boa pra igrejas, que se conectam com o céu, mas que não era boa pra casa de morar. Quando perguntei onde ele tinha aprendido isso, ele respondeu que eu ensinei. Nem me lembrava! Mas ele aprendeu direitinho.
Hoje fomos com as crianças a um restaurante natural. Rafinha (7) comeu um prato de 450g em menos de 5 minutos. Foi o tempo que eu levei pra fazer meu prato e voltar, e ele já estava na última garfada. Acho que não era só fome.
Quando tínhamos a nossa casa, onde eu escolhia o cardápio e a maneira de preparar as comidas, ele era assim. Comia muito, rápido, com entusiasmo e apetite.
Aqui na casa da avó, onde estamos morando, as refeições são um parto. Tenho que ficar insistindo, enchendo o saco mesmo, pra ele comer um pratinho de nada.
Aí me lembrei que temos o paladar muito parecido, e que eu, quando pequena, quase não comia (a comida da casa da minha mãe). Quando cresci e descobri que havia comidas diferentes e maneiras diferentes de preparar a comida, foi que comecei a gostar de comer "comida de verdade". Antes, eu odiava, tinha nojo, queria ser astronauta e me alimentar de pílulas. Minhas irmãs diziam que eu vivia de fotossíntese. Isso porque elas ainda não tinham ouvido falar em prana...
Eu gosto de saladas coloridas e bem variadas. Sempre que vejo o tal anúncio do menino pedindo brócolis no supermercado, me lembro dos meus filhos. Os dois maiores adoram brócolis. O caçula gosta de broto de alfafa.
Depois que me separei, meu ex-marido voltou a seguir uma dieta, digamos, não tão saudável. E se readaptou ao padrão de crianças que não gostam de legumes e verduras.
Um dia meu filho foi comer na casa da avó paterna e, quando o pai acabou de colocar a comida no seu prato, ele ficou revoltado por que o pai não tinha colocado vagem. Brigou, exigiu a vagem, e quando voltou pra casa veio me contar, indignado.
Ah, meus queridos ETs comedores de coisas verdes! Espero em breve poder voltar a oferecer comida de marciano pra vocês!
A qualquer hora volto aqui pra contar a terrível história do "verdinho" da minha infância...
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